sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Painel Colesterol 2


Excreção do colesterol

Devido ao seu anel esteroidico não é possível degradar o colesterol em CO2 e H2O, por isso a sua forma de excreção é convertendo-se em ácidos biliares. Os ácidos biliares irão emulsificar as gorduras para facilitarem a sua absorção, uma parte dos ácidos biliares voltam para serem utilizados novamente e outra porcentagem menor é excretada pelas fezes.

Hipercolesterolemia

A hipercolesterolemia é quando o nível de colesterol no sangue encontra-se elevado e está associada ao aumento de risco da doença aterosclerótica. A hipercolesterolemia familiar é uma herança genética, na qual o gene associado à doença é dominante. O LDL pode se acumular no sangue por problemas na sua captação pelos receptores. Isso pode ocorrer quando tem muito colesterol dentro da célula e número de receptores diminui e também pode ser opor influência genética nos receptores que irão diminuir. A síntese continua ocorrendo, pois o colesterol não consegue passar para o citossol e regular a síntese
Na hipercolesterolemia familiar a proteína ABC1, que é responsável por uma das vias de captação de colesterol pela HDL, sofre mutação por isso a HDL não consegue captar o colesterol das células sem essa proteína. A HDL com pouco colesterol é retirada da corrente sanguínea e então destruída.
Também pode haver a formação de xantomas que são caracterizados pelo acúmulo de gordura na pele ou em outras regiões como os tendões. Isso ocorre, pois os macrófagos são chamados para retirar o deposito de gordura, porém este não consegue liberar totalmente os lipídios. Com isso o macrófago rico em gordura se infiltra na superfície da pele.

Aterosclerose

A aterosclerose é uma doença inflamatória crônica na qual ocorre a formação de ateromas dentro dos vasos sanguíneos. Essas placas tem início de sua formação desde o início de nossas vidas e se formam quando o LDL, que tem a função de transportar o colesterol para células da parede dos vasos, são modificados pelos fatores de risco, tais como obesidade, hipertensão, diabetes e outros. Então o LDL modificado ficará retido na parede dos vasos como corpos estranhos, e os macrófagos, cuja função é “limpar” o organismo, fagocitarão o LDL modificado.
Como este LDL é tóxico, ao fagocitá-lo, o macrófago morre.Com o tempo, a deposição desses macrófagos e LDLs aumentam e outras moléculas vão sendo incorporadas. A partir dos 40 anos essas placas de ateroma podem impedir o fluxo normal de sangue, são as chamadas Placas Estáveis –como mostra a figura 4. No entanto, tais placas podem se romper e obstruir a luz de outros vasos, são as chamadas placas instáveis, que podem levar ao infarto, derrame e outros problemas cardiovasculares.
Na figura 4, observa-se o histórico da aterosclerose, evidenciando o desenvolvimento das placas de ateromas ao longo da idade e suas conseqüências, se não tratadas. Mais informações sobre essa doença cardiovascular, podem ser vistas no post “Aterosclerose”.

Como prevenir e controlar o Colesterol

No gráfico representado pela figura 6, observa-se a porcentagem da população mundial que conhecem e controlam seu colesterol. Sendo que tal controle está inteiramente associado à prevenção de inúmeras doenças cardiovasculares.
A prevenção e o controle do colesterol podem ser feitos a partir da adoção de hábitos saudáveis, como dietas sem excesso de calorias, de sal e de gordura saturada, que auxiliam na prevenção de fatores de risco. O exercício físico também traz inúmeros benefícios, pois é uma forma de aumentar o colesterol HDL e reduzir o LDL, perder peso e o controlar a pressão arterial. A tabela representada na figura 8, mostra os desejáveis valores de plasmáticos de colesterol total, HDL, LDL respectivamente para homens e mulheres.
Outros fatores que auxiliam no controle do colesterol são a abstenção do fumo e o uso de fármacos. Para saber mais sobre esses, leia o post “Como prevenir e controlar o Colesterol”.Qualquer dúvida, estamos a disposição.

Referências:

Ada Bento e Natália Araújo

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