segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O fim da condenação do Ovo



O ovo é notadamente reconhecido como um alimento de alta qualidade nutricional por ser rico em proteínas alto valor biológico; vitaminas do complexo A, B, E, K; minerais e caretenóides. No entanto, apesar dessa rica variedade de nutrientes, o ovo é comumente relacionado a complicações cardiovasculares, devido à quantidade de colesterol presente em sua gema e por isso, vem tendo seu consumo diminuído.


São diversos os estudos realizados que comprovam a relação benéfica entre o consumo do ovo e o aumento do colesterol sanguíneo, mostrando assim, que as doenças cardiovasculares estão mais relacionadas a complicações hereditárias e maus hábitos alimentares.


Porém, avaliações metabólicas e epidemiológicas mostraram que o colesterol presente na gema do ovo pode ser um determinante na concentração do colesterol sanguíneo, dependendo da área geográfica a ser observada. Em países como os Estados Unidos, por exemplo, que consomem uma grande quantidade de alimentos ricos em colesterol, o consumo de um ou mais ovos por dia não traz mudanças relativas no aumento do colesterol sanguíneo. Mas em populações onde o consumo de alimentos ricos em colesterol é baixo, como no Japão, o ovo causa aumento significativo do colesterol no sangue.


A relação entre o consumo do ovo e as doenças isquêmicas do coração, levou os pesquisadores a desenvolverem ovos enriquecidos com Ômega 3. Essa gordura poliinsaturada ajuda a diminuir os níveis de colesterol total e de triglicerídeos, apresenta propriedade vasodilatadora e vêm sendo relacionada com a diminuição de agentes cancerígenos, tendo relevância no combate de cânceres de próstata e colorretal. Porém, em estudos realizados com ovos de galinha comuns e outros, que informavam ser enriquecidos com ácidos graxos Ômega 3 e que possuíam 40% a menos colesterol, constatou-se que não houve diferença significativa entre a quantidade de colesterol entre os dois. Isso comprova que apesar do consumidor comprar um produto mais caro, não teria um consumo menor de colesterol.

Natália Araújo

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