As evidências de que a aterosclerose tem seu início em fases precoces da vida foi confirmada em 1997. Um Italiano ao estudar fetos percebeu que aqueles, cuja mãe apresentava altos níveis de colesterol durante a gravidez, nasciam com estrias gordurosas na camada íntima de seus vasos sanguíneos.
Essas placas de ateroma têm sua formação iniciada quando o LDL,que tem a função de transportar o colesterol para o interior dos vasos sanguíneos, são oxidados pelos fatores de risco – hipertensão, dislipidemias, obesidade, diabetes e o tabagismo – os quais modificariam as LDL, que passam a ser reconhecidas como corpos estranhos pelo nosso organismo. Conseqüentemente, os macrófagos ou glóbulos brancos irão fagocitar esses corpos estranhos, os quais são tóxicos quando oxidados, e levam a morte desses macrófagos.
Com o tempo, esses macrófagos mortos se depositarão na parede dos vasos sanguíneos juntamente com outras moléculas, como as bactérias. A partir dos 40 a 50 anos essas placas começam a obstruir os vasos sanguíneos, caso essas placas não se rompam chamarão Placas estáveis. No entanto, elas podem se romper e obstruir a luz de outros vasos sanguíneos, chamadas Placas instáveis, que são consideradas mais perigosas por poderem levar ao infarto, derrame e gangrena.
Prevenção
De uma maneira geral, a prevenção da Aterosclerose tem como medida a eliminação dos fatores de risco controláveis e deve ser iniciada a partir do momento em que nascemos. A adoção de hábito alimentar saudável que previna o excesso de calorias e sal. Gordura saturada e colesterol diminuem o risco de hipertensão, dislipidemia e obesidade.
O exercício físico traz inúmeros benefícios, como o aumento do colesterol HDL, redução do LDL, perda de peso e controle da pressão arterial. Além disso, a abstenção do fumo é de extrema relevância, pois esse impede o trabalho das lipoproteínas LDL e aumenta o valor de monóxido de carbono no sangue, que pode aumentar o risco de lesões do revestimento da parede arterial e contrair artérias já estreitadas pela aterosclerose.
O uso de fármacos também vem sendo uma alternativa para a prevenção de doenças cardiovasculares, sendo os fibratos e as estatinas os mais conhecidos. Esses têm a função de reduzir os lipídeos plasmáticos e o colesterol,diminuindo o risco de infarto em cerca de 40%.
Referências Bibliográficas
Aterosclerose. [online] Disponível em:
BRANDÃO, Andréa A.; MAGALHÃES, Maria E.C.; et al. Prevenção da doença cardiovascular: a aterosclerose se inicia na infância? Revista da SOCERJ (2004)Universidade do Estado do Rio de Janeiro, vol 17, n 1, pp 37-44
JORGE, Paulo A. R. Endotélio, Lípides e Aterosclerose Arquivo Brasileiro de Cardiologia (1997)Universidade de Campinas, São Paulo, vol 68, n 2, pp 129-134
Natália Araújo
Se a aterosclerose resulta da degradação de lipoproteínas, causada por estilos de vida desfavoráveis à fisiologia humana - hipertensão, obesidade, diabetes e o tabagismo -, tal como este artigo refere, então porque culpar os níveis de colesterol pela aterosclerose? - http://www.canibaisereis.com/2010/08/13/lipidos-e-imunidade-dr-pereira-de-moura/
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