Outras maneiras de prevenir e controlar o aumento do colesterol plasmático seria a abstinência do fumo, que aumenta a pressão arterial e impede o trabalho das HDL’s, e o uso de fármacos, que explicaremos com mais detalhes.
Estatina
Dentre os fármacos mais conhecidos está a Estatina, uma molécula relativamente recente, descoberta em 1971 por um pesquisador japonês. Elas são utilizadas no tratamento de níveis altos de colesterol LDL e VLDL no sangue, porque têm a capacidade de inibir a síntese de colesterol endocelular, por competição com a enzima HMG-CoA redutase, impedindo a transformação da HMG-CoA em ácido mevalônico.
A eficácia das Estatinas em reduzir os níveis de LDL é bastante significativa, já que diminuirá consequentemene a incidência de doenças degenerativas, principalmente aquelas que resultam de níveis altos de colesterol, como a aterosclerose, a obstrução das artérias do cérebro e outras.
Atualmente estão a disposição dos médicos e pacientes as seguintes estatinas: Sinvastatina, Lovastatina, Atorvastatina, Pravastatina, Fluvastatina e a Rosuvastatina, que foi recentemente introduzida no mercado e é considerada a mais potente das estatinas.
Efeitos Adversos:
Todos os agentes hipolipidêmicos possuem efeitos adversos cujos riscos devem ser avaliados em relação aos benefícios potenciais do tratamento. Vale ressaltar que a redução dos lipídios plasmáticos deve ser feita primeiramente por uma diminuição dos fatores de risco antes do uso de fármacos.
Fibratos
Alguns fibratos disponíveis são o bezafibrato, ciprofibrato, etofibrato, fenofibrato e genfibrozil. Esses medicamentos são eficazes na redução de triglicerídeos e o aumento do HDL-colesterol. Eles, ainda, estimulam a atividade de β-oxidação de lipídeos dos proteínas celulares e estimulam a enzima lípase das lipoproteínas, destruindo o VLDL e libertando os lipídeos para o consumo nos músculos. Esses princípios ativos podem ser usados em conjunto com estatinas em alguns casos em que o paciente possui altos níveis de LDL e de triglicerídeos.
Efeitos adversos:
Devem ser usados com cautela em pacientes com doenças renais. Os efeitos podem ser: diarréia, náuseas, litíase biliar, etc.
Derivados de óleo de peixe
O óleo de peixe é rico em ácidos graxos ômega 3 e ômega 6, que ajudam a reduzir os triglicerídeos, mas podem aumentar um pouco o LDL-colesterol.
Efeitos Adversos:
Em altas doses produzem incômodos, como náuseas, gases e diarréia.
Derivados do ácido nicotínico
O ácido nicotínico é uma vitamina essencial para muitos processos metabólicos e tem sido usado como redutor de lipídeos. A nicotinamida inibe a produção hepática de triglicerídeos e a secreção de VLDL com redução dos triglicerídeos e LDL-colesterol e aumento de HDL-colesterol.
Trata-se de um mecanismo real, mas que requer um maior tempo de uso para visualização dos efeitos.
Além desses fármacos, existem outros menos conhecidos que estão relacionados a inibição da absorção do colesterol, dentre eles, a ezetimiba, a colestiramina e o colestipol.
Referências Bibliográficas
· RANG, H.P.; DALE, M.M. Farmacologia. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
· Colesterol e Triglicérides.Disponível em: F:\Portal Endocrino - Dr_ Leandro Diehl.mht. Acessado em:05/08/2010
· SPOSITO, Andrei C. et al. IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose: Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq. Bras. Cardiol. [online]. 2007, vol.88, suppl.1, pp. 2-19. ISSN 0066-782X.
Natália Araújo
Gostei nuito.Obrigada pelo conteúdo disponibilizado, mas gostaria que comentasse mais, sobre os níveis de eficácia e efeitos colaterais, do farmaco Sinvastatina 20 quando ingerido por período de 6 meses.
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